domingo, 18 de dezembro de 2011

Amores artísticos

Quero amores que me façam respirar e transpirar arte. Quero amores que se retratem em pinturas, sintam em uma fotografia e se eternizem em uma poesia. Amores que me levem para passear sem sair do lugar, e que, ao caminharem ao meu lado, estejam presentes na mesma vibração.

Quero amores com nuances de desespero e com todos os tons de plenitude. Daqueles que não se esquecem e a alegria de tê-los vivido supera a tristeza do fim. Quero que cheguem calmos como a brisa e me transformem como um vendaval. Não quero amores que terminem amargos... Quero deixar um sorriso no teu rosto quando lembrares de mim e o gosto doce dos momentos incomparáveis.

Não espero que eu seja a primeira e a última, mas a única com quem você anseia estar naquele momento. Quero momentos, daqueles que valem toda uma vida. Quero a sensação de viajar o mundo quando segurar tua mão. Quero a sensação de viajar por todos os mundos em quinze minutos de conversa.

Quero amores de vertigem. Intensos do começo ao fim. Que sejam amores de uma estação, então. De uma primavera em Paris ou de um inverno em Amsterdã. Amores quentes como o verão tropical e reflexivos como o outono em Londres.

Quero amores alimentados de letras e café, música e pinturas. Quero ver imagens dignas de um Van Gogh, mas que eu não compartilharei com ninguém.

Quero amores de encanto de encanto e de deslumbramento. Inacreditáveis como um feitio e concretos como a madeira das árvores. Quero amores fluídos.

Quero o encanto das diferenças e a delícia de discordar. Quero a força de uma discussão encerrada num beijo. Quero a discussão que não repele, que cria.

Quero amores plurais. Amores muitos, amores múltiplos. Que sejam platônicos, não importa. Que podem ser concentrados num único olhar e num único abraço. Quero um, que seja muitos.