quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Pela cor dos meus olhos

O castanho te trouxe prenúncios de tempestade. O verde passageiro e limítrofe, em um relâmpago, te entregou o êxtase. O mel que se derrama tem a ver com a doçura de estar feliz. 

Vês... Oblíquos olhos de cigana, que nada te sabem dissimular. 

Ninguém desvendou antes a delação dos meus olhos e isso me diz tudo que eu preciso saber sobre os teus olhos. Ninguém me deixou mais temerosa de voltar a ver no espelho as nuances que meus olhos adquirem na raiva e na dor. Eu espero, num arroubo de ousadia para quem aprendeu a nada esperar e deixar-se surpreender, que você jamais tenha acesso a essas nuances. 


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