quinta-feira, 28 de abril de 2011

Ela

Ela se parte em duas
se prende à liberdade
de não desejar ser una

entre o novo e o velho
o perdido, o nunca encontrado

Ela se desmancha em poesia
se esconde na realidade
que criou para se mostrar

Ela busca a razão que desequilibre 
a emoção de sua pele
também dual, também indecisa

disfarçando vulcões no gelo da palavra

Ela se vaporiza em sonhos
concretiza uma personalidade que 
é dela e tão alheia

um caleidoscópio preto e branco
uma nuvem de fractais na forma
de ilusões que se diluem

de maiúsculo, só Ela

2 comentários:

  1. É sempre assim, cheia de alusões ao sonho de sempre poder sonhar, incondicional à liberdade de poder pensar, criar, voar, divagar...
    Nem o vento detém essa fluidez, essa panorâmica incontestável de eufuror no fazer imaginar!

    Sucintamente...

    ResponderExcluir